Paulo Magueijo, Vice-presidente do 1.º de Agosto, disse que o plantel principal de futebol só vai às eliminatórias de acesso à Liga dos Clubes Campeões de África 2023-24 caso o seu spors, Forças Armadas Angolanas (FAF), fazer uma injecção financeira. «Precisamos de uma injecção de capital para irmos à Liga dos Campeões. O 1.º de Agosto só vai à Liga dos Campeões se houver injecção de capital financeiro», disse. Paulo Magueijo fez saber que das eliminatórias até à fase de grupos, existem custos elevadíssimos, por isso a sua direcção precisa de dinheiro para projectar a participação. «Os custos com arbitragem nesta competição não ficam menos de 20 mil dólares. Ainda tem os custos de hospedagem, alimentação e outras necessidades. Por outro lado, as viagens que as equipas fazem podem custar perto de 300 mil dólares, e só consegues recuperar este valor caso consigas entrar na fase de grupos», disse. Durante a sua entrevista no programa Futebol no Estúdio, emitido às segundas-feiras na Rádio Cinco, Paulo Magueijo fez saber que a sua direcção vai continuar a apostar nos jogadores de formação mesmo que venha ter reforços com outros atletas.

César Cangué conta da sua aventura na cidade metropolitana de Luanda, mesmo sem ter por onde viver, falou mais o desejo de jogar num dos melhores clubes do continente africano. Cangué conta, na sua página oficial do Instagram, que antes de vir a Luanda teve passagem pela Académica do Lobito, na época 2021/22, mas no final da época não lhe foi proposto a renovação, ficando à espera da sorte bater a porta. «Depois de algumas semanas recebi uma chamada do treinador da equipa B do 1.º de Agosto, mister Artur Correia, pois, ele me tinha visto em alguns jogos enquanto jogador da Académica do Lobito; ele disse-me, filho vem fazer a pré-epoca aqui na equipa sénior do 1.º de Agosto para te observarem; caso não passares vais ficar aqui na equipa B comigo; eu perguntei-lhe Mister; vou me hospedar aonde; eu não tenho família próximo a cidade desportiva do D’Agosto; também não conheço bem Luanda. Ele disse-me; tens que arranjar um sítio até porque só falta dois dias para tu estares aqui», contou. Mais adiante, o jovem promissor atacante do clube militar acrescentou que viveu no desespero à procura de onde se acomodar em Luanda. «Eu fiquei maluco; liguei em alguns amigos que vivem em Luanda, pedindo para me hospedar por duas semanas nas suas casas em Luanda, depois eu arranjava um sítio para ficar; mas infelizmente nenhum deles aceitou, fiquei sem chão», lamentou. Cangué contou que depois de muito pensar por onde ficar, lembrou-se de um amigo que o ajudou. «No dia marcado para eu seguir viagem para Luanda; lembrei-me de um amigo que jogava basquetebol no 1.º de Agosto, foi então que liguei para ele na possibilidade de me receber em sua casa, ele não pensou duas vezes, só me disse: ‘vem’ mesmo sem falar com a tia dele. No mesmo dia eu disse para minha mãe que consegui um sítio em Luanda para ficar; ela deu-me dinheiro de passagem e 4 kilos de feijão e 6 kilos de arroz e algum dinheiro para aguentar a minha estadia em Luanda», disse. Hoje, César Cangué é, certamente, um dos melhores activos do clube militar. Lembrar que o avançado tem mais dois anos de contrato com o 1.º de Agosto, e sonha seguir carreira no futebol europeu.

Bento Kangamba, presidente do Kabuscorp do Palanca que luta para voltar à primeira divisão do futebol nacional, está a marcar passos firmes na Taça de Angola, depois de conseguir o apuramento para as meias-finais da competição, mercê do triunfo ontem, quarta-feira, 24, frente ao Isaac de Benguela, por (2-1). O mediático presidente disse que a sua formação vai continuar a acreditar que é possível chegar à Taça das Confederações, vulgo troféu Nelson Mandela, para época 2023-24. «Foi um bom jogo, a equipa do Isaac tem bons jogadores jovens que correm muito. Mas o Kabuscorp é Kabuscorp, é a primeira vez que uma equipa da segunda divisão chega às meias-finais da Taça de Angola. Agora vamos ver o próximo jogo, quem está na chuva é para se molhar. O Kabuscorp não é qualquer equipa, vamos jogar para ganhar», disse. A turma do Palanca recebe no próximo sábado, 27, às 16 horas, a Académica do Lobito, no Estádio 22 de Junho. Porém, Bento Kangamba, que está também a competir no Zonal de Apuramento ao próximo Girabola 2023-24, fez saber, numa das suas intervenções, que a sua direcção está melhor organizada quer no capítulo administrativo como financeiro, a fim de se evitar os erros do passado que levaram a equipa a descer de divisão por várias situações. Por outro lado, Kangamba foi ao mercado congolês, argelino e turco buscar 4 reforços, sendo três médios e um avançado para reforçar o plantel orientado por Marcos Chivinda. O Bola Em Campo sabe que os respectivos atletas já trabalham com o plantel do grémio da Rua F do Palanca, porém, começam a jogar apenas na segunda volta do Zonal.

A pensar já na subida à primeira divisão do futebol nacional, a Direcção do Kabuscorp do Palanca foi a busca de quatro jogadores para reforçar o seu plantel orientado por Marcos Chivinda. A redacção do Bola Em Campo apurou que um dos reforços é proveniente do futebol turco. Trata-se de Galvani Kanga, médio ofensivo que a época passada actuou pelo Eyüpspor. Da República Democrática do Congo chegam dois jogadores; Mulaba Palvie, extremo-esquerdo proveniente do Renaissance FC, e Henock Mangindula, com passagens pelo Daring Club Motema Pembe da RDC e JS Kabylie da Argélia. Sobre reforços não é tudo no grémio do Palanca que ocupa a segunda posição da Série-A do Zonal de Apuramento ao próximo Girabola 2023-24, com 10 pontos. Está também a treinar já com a equipa da Rua F, Exauce Tumba, médio criativo que também teve passagem pelo futebol congolês, um mercado onde o Kabuscorp tem a sua génese, no que se refere à contratação de jogadores. Bento Kangamba, Presidente do Kabuscorp, disse à imprensa no final do jogo da 5ª jornada frente ao São Salvador do Kongo, com quem perdeu por (2-1), que os reforços contratados são de mais-valia para a sua equipa atacar o zonal, bem como o Girabola e a Taça de Angola.