África

É um assunto que já suscitou vários debates em alguns círculos do desporto nacional. A ausência de Bastos Quissanga nas convocatórias da selecção ‘AA’ de Angola continua a fazer ecos, numa altura em que o defesa central assegurou a braçadeira de capitão do seu mais novo clube, o Botafogo do Brasil. Sobre o assunto, uma fonte ligada à Federação Angolana de Futebol (FAF) e ao jogador contou à redacção do Bola Em Campo que a não vinda de Bastos Quissanga à selecção nacional nada tem a ver com o técnico Pedro Gonçalves, e que se dependesse dele, Bastos estaria no último Campeonato Africano das Nações, organizado e vencido pela Costa do Marfim. «Isto é um assunto que entristece todos nós. Mas algumas pessoas que dirigem a FAF acham que a selecção é propriedade deles. Sei que Bastos Quissanga não vem à selecção porque José Carlos, Vice-presidente da FAF, assim entendeu, pelo facto de o jogador ter manifestado sobre algumas situações menos boas que vinham acontecendo na selecção. De lá para cá, ele foi riscado», disse. É do entender da fonte que um provável regresso de Bastos Quissanga só será possível com a chegada de um novo elenco na FAF. «Vamos ter eleições na FAF este ano. Caso o elenco de Artur Almeida e Silva perca as eleições, que, a meu ver, vai mesmo acontecer, apesar de toda manobra que se tenta criar por este elenco, Bastos Quissanga poderá voltar aos Palancas Negras, pois, ele ainda seria preponderante para as opções do actual técnico», opinou. A fonte, que preferiu o anonimato, fez saber que sobre esta situação seria bom que o novo Ministro da Juventude e Desportos procurasse saber do porquê de tanta especulação em volta da ausência do jogador formado no Atlético Sport Aviação (ASA) e no Petro de Luanda. Bastos Quissanga, que trocou o futebol árabe pelo brasileiro, é actualmente uma das peças fundamentais do eixo defensivo do Botafogo do Brasil. Nos últimos jogos da equipa brasileira, o atleta de 30 anos tem ostentado a braçadeira de capitão.

O presidente do Bravos do Maquis do Moxico disse, em entrevista à Rádio Cinco nesta segunda-feira, 08, estar insatisfeito com a decisão da Federação Angolana de Futebol (FAF), em parar o campeonato nacional da primeira divisão (Girabola 2023-2024) devido à participação dos Palancas Negras no CAN da Côte d’Ivoire, que arranca este sábado. No entender de Manuel Kitadica “Docas”, não há razões de parar o campeonato, uma vez que só são 5 girabolistas que foram à selecção nacional. «Nós Bravos do Maquis não estamos de acordo com esta paragem, não faz sentido, 5 jogadores ausentes fazerem parar campeonato, serão gastos desnecessários». O dirigente fez uma comparação com outras realidades, mostrando que o calendário está atrasado com paragens desnecessárias. «No Brasil a selecção pode jogar, mas o campeonato nunca parou. Nós vamos procurar reunir com os outros presidentes, para ver o que se pode fazer, porque, no fundo, serão gastos que não fazem parte da previsão», disse. Para o presidente do clube do leste, a paragem da prova maior do futebol nacional obrigará uma nova pré-época dos clubes. «Os clubes serão obrigados a fazer uma nova pré-época, e o campeonato poderá acabar em Junho ou Julho, quem vai pagar as despesas nestes dois meses», questionou. O campeonato nacional começou tardiamente, isto é, em Outubro do ano passado, e corre o risco de não seguir o calendário da CAF, uma vez que o mercado de transferências já está aberto e a segunda volta ainda não terminou. Vale lembrar que o campeonato nacional fica parado até o fim da participação dos Palancas Negras no CAN.