Marcos Olgário

O Barcelona venceu o Real Madrid por 4-0 no estádio Santiago Bernabéu, em jogo da Liga Espanhola. Lamine Yamal, um dos destaques do encontro, marcou o terceiro golo, mas a celebração foi manchada por insultos racistas dirigidos ao jovem de 17 anos. Durante as comemorações, alguns adeptos insultaram Yamal com ofensas raciais e ataques pessoais envolvendo a sua mãe. A situação gerou forte indignação e repercussão pública. O Real Madrid emitiu um comunicado condenando a atitude dos seus adeptos e informou que abriu um inquérito para identificar os responsáveis e avançar com medidas judiciais. Já na manhã deste domingo, Yamal reagiu de forma breve na rede social X (antigo Twitter), escrevendo apenas: “Calma”.

Prado, internacional angolano de futsal, morreu na madrugada de domingo, 20, vítima de um acidente de viação, quando saía de uma festa familiar, segundo apurou a redacção do Bola Em Campo. Na viatura acidentada seguiam a esposa do jogador, o filho e mais um ocupante, sendo Prado a única vítima mortal do acidente. Prado iniciou a carreira no futebol de 11, na equipa do 1.º de Agosto, mas foi na Coprate que deu os primeiros passos no futsal. Aos 33 anos, Prado despede-se da vida com o legado de ter feito parte da geração que marcou a primeira participação de Angola num Mundial de Futsal, em 2021.

——————————————-O 1º de Agosto foi eliminado da Liga dos Clubes Campeões de África em Andebol Feminino, ao perder por 26-20 frente ao Al Ahly do Egipto, na quarta-feira, 17 de Outubro. O resultado frustrou as ambições da equipa militar e impediu o seu avanço para as meias-finais da competição. Luís Roberto, comentarista do Bola Em Campo e especialista em andebol, considera que esta eliminação deve servir de alerta para o cenário da modalidade no país. Segundo ele, o resultado não deve ser encarado como um problema isolado, mas como um indicativo das fragilidades do andebol angolano. «A eliminação do 1º de Agosto precisa ser um sinal de alerta não apenas para o Petro de Luanda, que ainda está na competição e pode enfrentar o Al Ahly nas meias-finais, mas também para a selecção nacional feminina. Este é um indício de que poderemos viver tempos difíceis, como já acontece com o nosso basquetebol», alertou. Para Luís Roberto, a actual crise interna do clube militar não deve ser usada como justificativa para a derrota. «O Petro de Luanda também passou por dificuldades financeiras no passado, mas conseguiu alcançar finais, perdendo apenas para o próprio 1º de Agosto. Portanto, a questão vai além de uma crise pontual», explicou. O especialista lamentou que a eliminação revele uma fase menos competitiva do andebol no país. «Esta derrota mostra o estado decadente da modalidade, devido ao baixo investimento e à falta de clubes competitivos nos campeonatos internos. Há muito se fala da necessidade de fortalecer os torneios regionais para promover maior massificação, mas pouco tem sido feito», criticou. Luís Roberto também expressou pesar pelo facto de que este ano não haverá uma final angolana, como de costume. «Infelizmente, não veremos uma final entre equipas nacionais desta vez. Agora, resta-nos torcer para que o Petro de Luanda faça uma grande campanha e honre o andebol angolano», concluiu. O Petro de Luanda permanece como o único representante de Angola na competição feminina e carrega as esperanças de fechar a temporada com um título continental.