É NOTÍCIA: ‘Palanca Negra’, animal que dá nome à Selecção Nacional, ameaçada de extinção
O animal raro, Palanca Negra Gigante, uma espécie somente encontrada em Angola, e que por sinal dá nome à Selecção Nacional de Angola, está em vias de extinção. O alerta vem da Directora-geral Adjunta do Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, Marta Zumbo, que considerou em Malanje, que a Palanca Negra Gigante está ameaçada de extinção, devido a vários factores. Essa apreciação deriva do facto de na década de 70, as autoridades terem o registo da existência de aproximadamente dois mil e 500 animais, mas hoje estima-se apenas 200 unidades, em consequência da caça furtiva, factores naturais e outros. A responsável que falava durante o workshop sobre o estado actual de conservação da Palanca Negra Gigante, promovido naquela cidade, pela Fundação Kissama, em parceria com o governo da província de Malanje e o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, sem avançar pormenores, precisou que com vista a inversão do actual quadro, o Executivo tem criado políticas ligadas à conservação da biodiversidade do país, no quadro da Estratégia Nacional e Plano de Acção da Biodiversidade 2019/2025, que abrange a promoção, investigação científica e divulgação de informações sobre a biodiversidade. «A Palanca Negra Gigante é uma subespécie que encontra-se na lista vermelha de Angola na categoria ameaçada de extinção, por isso, um grande esforço tem sido evidenciado pelo Executivo no sentido de reverter o quadro actual», frisou. Reiterou a necessidade de uma protecção especial do animal e do seu habitat, face a sua raridade e tendência de desaparecimento. Acrescentou que a insuficiência de fiscais no Parque Nacional de Cangandala e na Reserva Integral do Luando (Cuando Cubango), habitats da Palanca Negra Gigante, é também um factor que concorre para a fraca protecção animal, por isso o seu pelouro tem contado com apoios de ex-militares na defesa e reforço da fiscalização nas áreas de conservação. Embora estima-se a existência de 200 unidades, das quais 90 espalhadas pelo Parque de Cangandala e 210 pela Reserva do Luando, oficialmente conta-se com apenas cinco manadas com menos de 20, controladas por sistemas de GPS. Fonte: ANGOP
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