Numa longa entrevista concedida ao Valor Económico, Tomás Faria, Presidente do Petro de Luanda, abordou vários assuntos em volta do Atlético Petróleos de Luanda.
Questionado sobre a possibilidade de um dia sentar-se na presidência da Federação Angolana de Futebol, Tomás Faria não descartou a sua vontade, pois, no seu entender, administrar um clube chega a ser mais difícil do que uma Federação que apenas congrega uma modalidade.
«Gerir um clube como este é mais complexo do que uma Federação que só tem uma modalidade. Não tem campeonatos.
Portanto, só tem selecções que vão jogar uma vez a outra. É gestão de políticas. Obviamente que, estando nesta minha posição, de facto a FAF pode ser um dia um local para se passar. Não há problemas nenhum. E até porque acredito que seria muito mais fácil para mim», disse.
Durante a grande entrevista, o presidente que tem colocado o Petro de Luanda, nas últimas quatro épocas entre os grandes do continente africano a nível do andebol, basquetebol e futebol, explicou do porquê que tem sido o clube com mais receitas financeiras.
«Somos o clube que mais recebeu dinheiro do desporto, porque todos os anos estamos na fase de grupos. Agora com a Superliga Africana 2023, será muito mais. No Girabola, quando ficamos em segundo lugar, não recebemos nada. É só olhar», explicou.
Quanto aos direitos de televisão, o presidente do clube tricolor entende que seria um bom investimento para o desporto e em particular o futebol angolano.
«Os direitos televisivos representam quase 30 por cento das receitas dos clubes. Hoje, os clubes, a maior parte querem estar na primeira liga, porque sabem que terão direitos televisivos. Precisamos também de infra-estruturas em condições. Porque o futebol tem de ser praticado em campos em condições. Condições como água para a rega e eu não tenho de lutar muito para conseguir esta água. Tenho de abrir a torneira e já está. Agora quando ainda tenho de ir buscar caminhões para regar um campo como o 11 de Novembro, isto também não ajuda», lamentou.
A redacção do Bola Em Campo vai, nas próximas horas, explorar mais dados sobre a entrevista que o Presidente de Direcção do Petro de Luanda concedeu ao Semanário Valor Económico.
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