——————————————-
Três conceituadas marcas desportivas do panorama mundial estão em negociações com a Federação Angolana de Futebol (FAF) para equipar os Palancas Negras no próximo Campeonato Africano das Nações (CAN), a disputar-se entre Dezembro de 2025 e Janeiro de 2026, em Marrocos.
Informações apuradas pela redacção do Bola Em Campo indicam que, nos últimos meses, a FAF tem vindo a analisar propostas apresentadas pelas marcas Nike, Adidas e Puma, que manifestaram interesse em cooperar com a direcção liderada por Alves Simões, através da produção de material desportivo para as selecções nacionais.

As propostas, contudo, apresentam modelos de parceria distintos. A Puma, por exemplo, propõe uma cooperação em que a FAF assuma os custos da produção de todo o material, arrecadando lucros apenas através do merchandising (venda de equipamentos). Esta opção implicaria um investimento inicial de 300 mil dólares por parte da FAF, valor considerado elevado, o que torna a proposta pouco atractiva para o órgão federativo.
Já an Adidas, marca alemã, propõe um modelo de compra e venda directa, em que todos os encargos de produção recaem sobre a FAF. Esta modalidade também não agrada à direcção da federação, devido aos elevados custos e à ausência de margem para negociação, segundo apurou o Bola Em Campo.

Por sua vez, a Nike surge como a mais exigente. A marca norte-americana mostra-se aberta a uma possível parceria, mas os valores apresentados estão muito acima da capacidade financeira da FAF. A empresa afasta, desde logo, qualquer hipótese de patrocínio total ou parcial, propondo apenas a produção do material mediante condições comerciais.
No meio deste cenário, uma fonte da FAF revelou ao Bola Em Campo que a intenção da federação é encontrar uma marca que possa custear todo o material de jogo, estágio e passeio, investindo apenas 100 mil dólares em merchandising, de modo a garantir retorno financeiro futuro.

Apesar da preferência por marcas internacionais, a FAF não descarta a possibilidade de parcerias com marcas nacionais emergentes, como a Wsport e a FAST. No entanto, até ao momento, não houve qualquer abordagem formal a estas empresas, já que a actual direcção não pretende renovar o vínculo com a Lacatoni, fornecedora actual dos equipamentos das selecções nacionais.