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Albertina Kassoma, uma das melhores pivôs do andebol mundial, lamentou a existência de poucos clubes de formação de andebol em Angola.
A internacional angolana falava em entrevista ao programa Pessoas Especiais, da TV Zimbo, neste sábado, 14, onde abordou vários assuntos da sua vida profissional, bem como do seu lazer.
A ex-atleta do 1.º de Agosto fez saber que é constantemente abordada por ‘meninas’ que a têm como referência no andebol nacional.
«Há muitas miúdas com talento em Angola. Todos os dias recebo mensagens de miúdas a pedirem-me para jogar andebol. Às vezes fico sem saber como orientar, porque não temos muitos clubes em Angola», disse.
Questionada se tem recebido apoio do Estado, Albertina Kassoma disse não ter reclamações quanto à questão, mas deixou nas entrelinhas que o governo devia apoiar mais os clubes de formação.
«Não falo de mim, mas acho que o Estado devia apoiar mais os clubes. Temos poucos clubes para tanto talento no país. Só o Petro e o 1.º de Agosto não chegam para dar oportunidade aos jovens talentos do andebol», apelou.
A jogadora, que recentemente ajudou a selecção nacional a conquistar o seu 16.º troféu de Andebol no Campeonato Africano das Nações (CAN), disputado na República Democrática do Congo, fez um paralelo entre o número de clubes existentes em Angola e na Roménia, onde actua.
«Na Roménia, existem 14 equipas na primeira divisão. Por que não termos aqui também, em Angola, mais equipas na primeira divisão ou até mesmo criar uma segunda divisão? Acho que podemos fazer isso», referiu.
Aos 28 anos, Albertina Kassoma, formada no 1.º de Agosto, veste as cores do Rapid Bucareste, da Roménia, um clube onde a atleta angolana revelou receber muito carinho da direcção, que a apoia em todos os momentos.