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Como a fénix que ressurge das cinzas, Artur Almeida e Silva ensaia o seu regresso ao centro das decisões desportivas em Angola. Depois de uma saída inesperada da FAF, ocorrida há cerca de sete meses, o antigo líder do órgão reitor do desporto-rei no país volta a fazer manchetes, desta feita como candidato à vice-presidência do Comité Olímpico Angolano (COA).
A candidatura de Artur Almeida surge integrada na Lista B, encabeçada pelo médico Mário Fernandes, que se apresenta como uma alternativa ao rumo actual da instituição. A mesma lista integra ainda duas outras figuras de peso: José do Amaral Júnior, mais conhecido por “Maninho”, e Laudmira de Sousa, completando o trio de aspirantes ao cargo de vice-presidente do COA.

Com eleições marcadas para o próximo dia 10 do corrente mês, o cenário começa a ganhar contornos mais definidos, à medida que as duas listas concorrentes se perfilam para a disputa. Do outro lado da corrida está a Lista A, considerada a de continuidade, liderada por Pedro Godinho, vice-presidente no mandato cessante de Gustavo da Conceição. Trata-se de uma candidatura que procura assegurar estabilidade e dar seguimento ao legado do presidente cessante, numa altura em que o COA procura afirmar-se como motor do desporto olímpico em Angola.
Amanhã, quinta-feira, pelas 18h00, no Hotel Diamante, em Luanda, a Lista B vai subir ao palco para a sua primeira apresentação pública, onde deverá revelar as linhas orientadoras da campanha e as principais propostas para o futuro do Comité Olímpico Angolano. A expectativa em torno deste evento é elevada, tendo em conta o peso político e simbólico de algumas figuras da lista, nomeadamente Artur Almeida e Silva, cuja passagem pela FAF ficou marcada por altos e baixos, mas também por uma visibilidade ímpar no panorama desportivo nacional.

A candidatura de Mário Fernandes aposta num discurso de renovação e reposicionamento estratégico do COA, com enfoque na preparação das modalidades olímpicas e na criação de melhores condições para os atletas angolanos. Ao mesmo tempo, promete maior transparência e dinamismo na gestão dos destinos da instituição que tutela o desporto olímpico no país.
Segundo um comunicado a que este portal teve acesso, a outra candidata, Marcelina Kiala, antiga andebolista, desistiu hoje da corrida, após ter entregue uma carta à Comissão Eleitoral, chefiada pelo jurista Ngouabi Salvador.