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Arlindo Leitão, ex-internacional angolano, abordou um assunto que há várias décadas faz morada no desporto nacional, com particular incidência no futebol: trata-se dos nomes que alguns atletas preferem herdar em detrimento do nome próprio de registo.
Em Angola, é habitual encontrar atletas federados com nomes de estrelas que despontam ou despontaram no futebol mundial. Só citar: Zico, Lama, Stopirra e Fofana. No entender de Arlindo Leitão, os jovens recorrem a nomes sonantes por acreditarem que terão maior visibilidade. Para ele, trata-se de uma prática negativa.

«Os jovens procedem desta forma porque acreditam que a adopção do nome de uma estrela abre possibilidades de serem vistos e que o sucesso será maior», disse.
Arlindo Leitão, que falava ao Jornal dos Desportos, na edição desta sexta-feira, 25, considera esse procedimento como um complexo de inferioridade: «Eles julgam que o nome de casa não traz nada de bom. É quase sempre assim no caso angolano. É uma prática errada, pois a utilização de nomes de terceiros não representa uma mais-valia», alertou.
Todavia, o ex-comentador da Rádio Cinco desaconselha os mais jovens: «Copiar o nome de outro futebolista não faz da pessoa um craque, já que quem faz o nome é sempre o jogador, pela sua qualidade, desempenho e habilidade. O nome é a principal identidade de qualquer indivíduo, que bem ou mal, desperta sempre a atenção das pessoas».
Por este facto, «um futebolista que abraça a marca de um craque procura apenas adoptar uma outra personalidade para a sua vida pessoal», opinou.