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Parece ainda existir uma incógnita sobre a selecção que vai acolher Afimico Pululu, atacante do Bialystok, nascido em Angola e filho de pais congoleses democráticos.
Numa entrevista concedida esta semana à RFI, Pululu fez saber que está mais familiarizado com a cultura da RDC e que, em casa, fala lingala.
«Vou pensar com a minha família, mas é um facto, não tenho um grande apego por Angola. Tive pouca família lá, e tenho pouco contacto em relação à minha família no Congo. Em casa ouço música congolesa e falamos lingala», disse.

Questionado sobre uma possível abordagem da RDC, Pululu contou que nunca chegou a receber qualquer convite dos Leopardos.
«Honestamente, não. Eu nunca tive contacto com o Sébastien Desabre. Seria bom ter uma discussão com os líderes da selecção da RDC. Os adeptos estão a pressionar, mas a Federação não se manifesta, é um pouco confuso. Eu não fecho a porta para a selecção congolesa. Vou seguir o que o meu coração disser para fazer», referiu.
O melhor marcador da League Conference fez saber que só não veio à selecção angolana porque havia contraído uma lesão.

«Sim, é exactamente isso. Tive um micro-rasgo na panturrilha na noite antes de eu partir para a selecção angolana, tive que desistir. Eu tenho o direito de pensar. Se não joguei em Março por Angola, é por uma razão, então vou levar o meu tempo. Vou seguir o meu instinto. Quando eu fizer a minha escolha, vou declará-la. Mas nada está decidido hoje», revelou.
Pululu sabe que o CAN é uma grande montra, por isso não esconde o desejo de vir a jogar nesta competição já em Dezembro.

«Representar uma nação inteira é um grande orgulho. Disputar esse tipo de competição é um sonho. Jogar o CAN é óptimo. Mas tenho outros objectivos em mente agora. O CAN seria um sonho disputar. A RDC poderia ganhar a competição, pois muitos jogadores jogam nos melhores campeonatos, eles estão entre os favoritos», referiu.
Quanto à sua carreira, Afimico Pululu não sabe se vai permanecer no futebol polaco. O avançado não escondeu o desejo de jogar numa liga mais forte.
«Para ser honesto, quero enfrentar os melhores jogadores e jogar nas melhores ligas. Hoje, aproveito o momento com o Jagiellonia, mas se tiver uma boa oferta colocarei todos os trunfos do meu lado para dar um passo», disse.