———————————————
O ex-jogador internacional togolês, Emmanuel Adebayor, relembrou, durante uma entrevista à imprensa do seu país, o clima de terror vivido em Cabinda, um dia antes da realização do CAN Orange Angola 2010. O ataque, perpetrado pela FLEC, atingiu a comitiva togolesa que, na época, seguia de autocarro para Cabinda, onde estava sediado o grupo B, do qual fazia parte.
«Nunca tinha visto alguém morrer antes daquele dia, algo dentro de mim mudou», disse Adebayor.

O jogador contou que, naquele momento, ligou para a esposa pedindo que nomeasse o filho que esperavam de Emmanuel, como uma homenagem, caso ele não sobrevivesse ao ataque.
«Quando o nosso autocarro foi atacado, liguei para a minha mulher grávida e pedi-lhe que desse o nome de Junior Emmanuel ao nosso filho, se fosse um rapaz, por medo do pior. Disse-lhe também para chamá-la de Princesa Emmanuela se fosse uma menina», contou.

Adebayor ainda se lembra dos colegas que perderam a vida naquele dia, 15 anos depois. Na altura, falava-se que três membros da delegação togolesa haviam morrido. Outras notícias afirmavam que foram quatro as vítimas fatais.
Lembramos que o ataque ocorreu poucos minutos depois de o autocarro, que transportava a equipa nacional do Togo, ter entrado no enclave de Cabinda, sob a protecção de uma escolta militar angolana.
Jogadores da selecção togolesa relataram, na época, que o ataque durou cerca de 20 minutos.