José Armando Sayovo foi, nesta Terça-feira, 13, o grande convidado do programa “Podcast Bola Em Campo”, que é igualmente emitido na frequência 96.8 Platina FM.
Ao falar sobre o presente e o futuro, José Sayovo, detentor de 49 medalhas, a maioria de ouro, revelou que, actualmente, encontra-se sem viatura e depende da boa vontade de alguns amigos para se deslocar.
«A minha viatura está avariada há já algum tempo. Neste momento, ando de táxi e, por vezes, dependo da boa vontade de alguns amigos», disse.
José Sayovo, que é também é Vice-presidente do Comité Paralímpico Angolano (CPA), esclareceu que não recebe salário por parte daquele órgão, vivendo apenas da reforma das Forças Armadas Angolanas (FAA).
«No CPA, não tenho salário. Apenas pagam o salário do meu motorista, que é de 20 mil kwanzas», contou.
Questionado se tinha recebido uma viatura quando o governo angolano decidiu homenagear os paralímpicos em 2022, após o brilharete no Mundial da Turquia, Sayovo respondeu: «Não recebi nenhuma viatura. Parece que ando no esquecimento, nem sequer em viagens paralímpicas sou levado pelo CPA», afirmou.
Apesar de todas as dificuldades por que passa, Sayovo não deixou de agradecer o gesto do Presidente da República, João Lourenço, ao atribuir o seu nome ao futuro centro de treino de alto rendimento que está em construção na província do Bengo.
«Devo aqui louvar o nosso Presidente por ter dado o meu nome ao futuro centro de treino de alto rendimento. Agradeço mesmo muito», enfatizou.
Sayovo tornou-se o primeiro atleta a ganhar medalhas para a República de Angola nos Jogos Paralímpicos de Verão, após conquistar três ouros nas provas dos 100, 200 e 400 metros em 2004 em Atenas.
Representou Angola novamente nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2008 em Pequim, onde foi o porta-estandarte do seu país na cerimónia de abertura dos Jogos, conquistando três medalhas de prata, nos 100, 200 e 400 metros.
