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O aumento de estádios e rede hoteleira, necessário para a evolução do futebol, figuram entre os ganhos para África com Marrocos entre os três países anfitriões do Campeonato do Mundo de 2030.
Segundo a ANGOP, na sua edição desta quinta-feira, trata-se de uma oportunidade ímpar para desenvolver a modalidade no continente porque Marrocos deverá investir em novos estádios, além de campos de apoio que servirão depois para instrução de novos talentos locais e não só.
A opinião é do comentarista para o futebol, Paulo Tomás, em declarações ontem, quarta-feira, à ANGOP, em Luanda, após a decisão inédita da FIFA em atribuir o evento a três países, designadamente: Marrocos, Portugal e Espanha.
O antigo jogador, que evoluiu pela Selecção Nacional, disse ser importante que os africanos tirem o maior proveito do que considera ser “uma grande oportunidade” para que outros países do continente se sintam encorajados a investirem mais em infra-estruturas.
Para o antigo atleta do ASA, será bom que os estados se organizem devido à forte possibilidade de os concorrentes do mundial solicitarem estágio pela próximidade, qualidade dos imóveis e clima idêntico ao de Marrocos.
A fonte da ANGOP reflectiu, igualmente, sobre a conservação e manutenção dos recintos desportivos, sendo a organização do mundial em África uma oportunidade de aprendizado, numa área de muitas falhas mesmo depois de a África do Sul ter albergado o evento, em 2010.
Do ponto de vista competitivo, explicou que até 2030 a prova envolverá nove selecções africanas e o facto de uma das sedes ser em África vai motiva-las ainda mais para melhor classificação.
O antigo médio, que também evoluiu pelo Petro de Luanda, espera que as relações entre os governos dos países palco da competição estejam bem solidificadas, de modo a minimizar a burocrácia na cedência de vistos.
De acordo com a FIFA, a prova terá ainda como palco o continente americano, por via do Uruguai, Paraguai e Argentina que irão albergar um jogo cada na jornada inaugural.
Enquanto as sedes principais serão Marrocos, Espanha e Portugal, o jogo de abertura decorrerá em Montevidéu (no Uruguai), em homenagem à primeira edição do Mundial, disputado em 1930.