Em entrevista ao programa de análise desportiva Bola Em Campo, emitido às terças-feiras, às 19 horas, na Platina FM, o internacional angolano, que está em fim de contrato com o Trofense da Liga SABSAG, denominação do campeonato da segunda divisão portuguesa, revelou ter paixão pelo Petro de Luanda e que se houvesse um convite teria vestido as cores do emblema tricolor. Djalma Campo confessou, também, durante a entrevista, que é adepto do Petro.
«Já esperei representar o Petro. Mas como deve compreender, os jogadores não se oferecem, deve haver interesse e nunca cheguei a ser abordado pelos dirigentes do Petro de Luanda, clube pelo qual sou simpatizante. Aliás, meu pai jogou vários anos no Petro de Luanda», revelou.
Respondendo várias questões colocadas pelo painel de comentadores, Djalma Campos fez saber que há muito talento no desporto angolano e, em particular, no futebol, mas precisa de maior acompanhamento.
«Temos sim, no país vários talentos, mas eles acabam por sair muito tarde de Angola. É só olhar pelo Zito Luvumbo, que demorou para se afirmar no Cagliari, se tivesse chegado mais cedo na Europa, de certeza que a adaptação ao futebol europeu seria mais rápido. Penso que os nossos miúdos devem rumar mais cedo para a Europa, é só olhar os talentos do Senegal, Mali, Cote d’Ivoire e outros países, são atletas focados, até porque deixam os seus países e famílias muito cedo em busca do sonho», disse.
Djalma Campos, que está ausente dos Palancas Negras desde o Campeonato Africano das Nações (CAN) Egipto 2019, acredita que os Palancas Negras vão conseguir o apuramento ao CAN da Côte d’Ivoire.
«Temos bons jogadores nesta selecção. Estou confiante de que podemos sair de Douala com uma vitória, vou apoiar sempre o meu país», acreditou.
Questionado se teve de escolher entre jogar por Angola ou por Portugal, o avançado angolano disse que optou sempre por Angola.
«Sim, tive de escolher o meu país, não pelo meu pai, mas pelo sangue de ser angolano. Vir à selecção de angola sempre foi a minha opção. Foi no auge da minha carreira que aceitei jogar por Angola. E se tivesse que o fazer novamente, escolheria angola», explicou.
O campeão pelo FC Porto disse que tem sido uma luta acompanhar o Girabola pela europa devido à falta de transmissão.
«Raramente acompanho o Girabola por falta de transmissão, mas faço um esforço porque é uma grande dificuldade acompanhar o Girabola pela Europa», referiu.
Djalma Campos revelou ter um projecto em manga para Angola ligado à imagem dos nossos atletas, que, segundo ele, pode ser melhor projectado na Europa. Não escondeu, também, o desejo de vir a ser agente para a comercialização de jogadores de futebol «Temos um projecto que passa por olhar pela imagem do jogador angolano, temos matéria prima de boa qualidade, temos que vender melhor o nosso produto», disse.
Aos 36 anos, Djalma Campos, campeão pelo FC Porto na época 2009-2010, tem ainda passagem por países como a Grécia e Turquia.