É NOTÍCIA: Carlos Morais já respondeu as declarações do presidente da FAB sobre sua ausência na selecção

O assunto que tem agitado, nos últimos dias, o desporto angolano e em particular o basquetebol, voltou a ter ‘pano para manga’. Carlos Morais, que foi...


O assunto que tem agitado, nos últimos dias, o desporto angolano e em particular o basquetebol, voltou a ter ‘pano para manga’. Carlos Morais, que foi preterido da convocatória de Pep Clarós para o Mundial da Ásia, disse hoje, à Luanda Antena Comercial (LAC), que nunca mandou mais de uma carta à Federação Angolana de Basquetebol para justificar a sua ausência.

«Não é verdade, eu não enviei duas a três cartas como está a dizer o digníssimo presidente para justificar a minha ausência. Apenas mandei uma carta à Federação em 2021, justificando a minha ausência, porque precisava tratar de uma lesão no joelho. Mas a carta foi rejeitada pelo Vice-presidente da FAB, Sílvio Lemos, que me ligou a dizer ‘que eu não era o tipo de jogador que deveria justificar qualquer ausência por intermédio de uma carta’, inclusive ligou-me muito chateado comigo.

No dia seguinte, que era a apresentação oficial dos jogadores para fazer uma das ‘Janelas de Apuramento ao Campeonato do Mundo’, fiz-me presente. Mantive uma conversa com o técnico Pep Clarós e nesta conversa ele garantiu-me que estava tudo bem, e que não havia problemas. Disse que eu era o jogador que não tinha como não ser convocado, que iria me convocar sempre ainda que negasse todas as próximas convocatórias», disse.

Carlos Morais disse que chegou também a reunir com Moniz Silva, que entendeu a situação que estava a viver, porém, garantiu que continuava a contar com seus préstimos, mas tudo não passou de uma promessa.

«Depois daí reuni com o Presidente Moniz Silva no seu gabinete, disse-me também que eu era um tipo de jogador que em momento algum uma ausência por carta, mas que entendiam a minha situação e que contava comigo no futuro. O meu espanto é que depois daí as relações mudaram completamente, nunca mais fui convocado», explicou.

O melhor jogador do Petro na Basquetball Africa League disse que se fosse convocado futuramente teria que analisar todas as situações que está a passar.

«O ser convocado ou não isto não é o que está em causa. O que está em causa é o que se diz para justificar a não convocatória. Diz-se muitas inverdades, que eu mandei várias cartas, coisa que nunca aconteceu, eu mandei apenas uma carta que era completamente legítima. E depois de eu dar a cara, as pessoas perceberam quais eram os meus motivos e sabiam que eu estava a cuidar de mim para poder estar presente em futuras ocasiões», referiu.

Questionado se tem recebido apoio do seu clube por tudo quanto está a viver, afirmou que «O Petro de Luanda sabe o tipo de jogador que eu sou, o Petro conta comigo, o Petro confia em mim e continua acreditar no meu potencial».

O MVP do Afrobasket 2008 admitiu que as relações com o Pep Clarós não são das melhores, mas nunca por sua vontade, e lamentou a forma com tem sido tratado a nível da selecção.

«Depois do Afrobasket do Rwanda, nunca me dirigiu a palavra por iniciativa própria, quando nesta altura fomos todos a fazer o texte da Covid, o treinador passou por mim e nem me dirigiu a palavra e cumprimentou os outros que lá estavam.

Nunca me senti desrespeitado como estou a ser agora. Eu comecei a jogar basquetebol desde os 12 anos, e profissional com 17 anos. Eu sempre me esforcei para dar o meu melhor com tudo que não tinha e o que tinha. Se eu fosse convocado teria obviamente de analisar todas as situações e ver se realmente vale apenas», lamentou.

Carlos Morais começou a jogar basquetebol com 12 anos e chegou ao profissionalismo aos 17 anos, de lá para cá tem sido uma das maiores referências do basquetebol angolano quer em África como noutras partes do mundo, aos 36 anos.

Marcos Olgário

Marcos Olgário

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