Ainda pairam no ar assuntos relacionados aos incidentes ocorridos no último sábado, 29 de Abril, no Dundo, no intervalo da partida entre as equipas do Sagrada Esperança da Lunda Norte e do Petro de Luanda, para a 27ª jornada do Girabola. O encontro, que terminou com derrota da equipa diamantífera por (1-2), ficou registado com a invasão ao retângulo do jogo por parte dos adeptos presentes no estádio bem como vários protestos entre as duas equipas envolvendo jogadores e dirigentes que se insurgiam contra o quarteto de árbitros.
Por este facto, Filipe Nzanza, técnico do 1.º de Agosto, mostrou a sua indignação com tudo quanto ocorreu na cidade do Dundo. O técnico rubro e negro fez saber que todos os amantes do futebol têm a responsabilidade de fazerem do futebol uma festa e não um lugar de desavenças.
«Nós treinadores, árbitros, adeptos e dirigentes temos que trabalhar a nossa consciência. Sabemos que no futebol há três resultados, somos adversários mas nunca inimigos», opinou.
Filipe Nzanza, que falava à Rádio Cinco, lembrou ainda que os jogadores devem criar uma corrente de amizade dentro e fora de campo, porque o futebol é uma festa.
«Dentro do campo somos adversários. Mas fora do campo somos amigos, irmãos e primos, temos de criar isso no nosso Girabola, podemos perder hoje e ganhar amanhã, o futebol é uma festa», disse o técnico militar.
Sobre o assunto, a Ministra da Juventude e Desportos já reagiu e pediu à Federação Angolana de Futebol (FAF) para se apurar os factos e responsabilizar aquém de direito. Entretanto, a FAF ainda não reagiu, devendo fazê-lo a qualquer momento sobre o caus que se passou no Dundo, onde duas crianças perderam a vida e 40 pessoas foram atendidas nas unidades hospitalar mais próximas.