É NOTÍCIA: Santa Rita ajeita-se com patrocínios de 45 milhões do BIC e 10 milhões de Akz do Instituto Superior Kalandula por época

Nzolani Pedro, presidente e fundador da equipa Santa Rita de Cássia FC do Uíge, abordou em entrevista esta segunda-feira, 27, sobre o momento actual por que...


Nzolani Pedro, presidente e fundador da equipa Santa Rita de Cássia FC do Uíge, abordou em entrevista esta segunda-feira, 27, sobre o momento actual por que passa o clube católico do Uíge, que ocupa, à entrada da 24ª jornada do Girabola, a 5ª posição do Girabola 2022-23 com 35 pontos.

Com um orçamento modesto a rondar aos 55 milhões de Kwanzas, por época, Nzolani Pedro disse à Rádio Cinco, na província do Uíge, que o orçamento que tem disponível é o possível dada a conjuntura que o país atravessa.

O Santa Rita tem apenas dois patrocinadores: o Banco Internacional de Crédito (BIC) e o Instituto Superior Politécnico Kalandula, e é com estes patrocinadores que a equipa católica vai se ajeitando na presente temporada, como fez saber Nzolani Pedro.

«Nós temos apenas dois patrocinadores que têm apoiado o nosso clube. O Banco Internacional de Crédito (BIC), que no passado dava 150 mil dólares, mas dado o momento actual que vivemos reduziu para 45 milhões de kwanzas, temos também uma parceria com o Instituto Superior Politécnico Kalandula, que desembolsa 10 milhões de Kwanzas por época. É um valor que, como sabe, não é suficiente dada às despesas que a época acarreta, mas ainda assim procuramos fazer o nosso trabalho», disse.

O clube, que procura recuperar e angariar o maior número de sócios, perdidos devido às constantes oscilações no Girabola, está a fazer uma campanha para organizar a sua base de dados.

«Quanto aos sócios, devido às nossas constantes descidas de decisão prejudicou de que maneira a equipa e levou-nos a perder muitos sócios. Mas hoje já temos um bom número de sócios, porque hoje os adeptos veem o Santa Rita como uma equipa que está a fazer diferença no Girabola», disse.

Questionado sobre as receitas provenientes da bilheteira, o presidente dos católicos do Uíge disse ser ainda muito baixo, tendo ainda dito que sempre que joga em casa com equipas como Petro de Luanda e o 1.º de Agosto o clube tem maior rendimento com a venda de bilhetes.

«Ainda é muito pouco. Mas sempre que jogamos em casa com equipas como Petro de Luanda, 1.º de Agosto e Interclube conseguimos maior receita, principalmente com o Petro de Luanda. Mas esses valores arrecadados servem para liquidar dívidas com a equipa de arbitragem, que não fica menos de um milhão de Kwanzas», explicou.

Nzolani Pedro desafiou os empresários a investirem na sua equipa, acreditando mesmo que traria títulos ao povo uigense que muito ama o desporto, em particular o futebol.

«Se derem-me o dinheiro que dão ao Petro de Luanda, 1.º de Agosto, Sagrada Esperança e Interclube vou dar capote a estas mesmas equipas. Posso dizer que se o presidente do Wiliete Sport de Benguela tivesse também investimentos de milhões talvez seria também campeão», opinou.

No que diz respeito aos investimentos e patrimónios do clube, Nzolani Pedro admitiu que o clube é vítima da falta de investimentos e tem projectos parados por razões de ordem financeira.

«O Santa Rita está a terminar o seu restaurante e uma loja de vendas de produtos do clube, temos parado o nosso centro de estágio com 25 quartos por falta de verbas para concluir. O Santa Rita tem um terreno de 5 hectares, mas não temos apoios para construir o nosso campo», lamentou.

O dirigente do 5° classificado do Girabola não deixou de dar uma pincelada sobre o actual momento do futebol nacional. Nzolani defende, também, o surgimento da Liga Profissional de Futebol de Angola.

«Girabola precisa transformar-se em Liga, porque a Liga Profissional traz patrocínios, e neste capítulo os clubes estariam um pouco mais aliviados quanto aos gastos. Acho que a FAF deve aceitar o surgimento da Liga», opinou.

Quanto à arbitragem, Nzolani Pedro considerou que há bons árbitros em Angola, mas lamenta a tardia chegada do vídeo-árbitro em Angola.

«Seria bom se tivéssemos cá o VAR para ajudar a auxiliar as equipas de arbitragem do nosso futebol, os erros são humanos, por isso defendo um recurso que ajudasse a corrigir os erros dos árbitros. Mas posso dizer que temos bons árbitros no país», referiu.

O Santa Rita de Cássia FC do Uíge é, a par ASK Dragão, o único representante da província do Uíge na presente temporada 2022-23 do Girabola.

Marcos Olgário

Marcos Olgário

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