No total, o governo congolês desembolsou cerca de 870.536,88 Akz (oitocentos e setenta mil, quinhentos e trinta e seis kwanzas e oitenta e oito cêntimos) para a reabilitação do Estádio Mártires de Kinshasa, que mesmo assim não passou pelo crivo da inspecção da Conferência Africana de Futebol (CAF).
No Congo fala-se da existência de uma mão negra que pode estar na base do mau uso do dinheiro. Outros defendem a entrada da perícia da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) para averiguar a forma como foram utilizados os fundos atribuídos, admitindo haver peculato no processo.
Segundo algumas fontes familiarizadas com o assunto, avançadas pelo site Soccernewsrdc, a empresa que ganhou o concurso para a compra do relvado bem como das cadeiras chama-se “Limonta sport”.
Entretanto, os valores incluem a compra da relva sintética, lugares regulares bem como lugares para a bancada VIP, valor pago a esta empresa desde 2021.
Mas olhando para o complexo polidesportivo dos mártires, o terreno ainda não está coberto com o relvado sintético em toda extensão do campo.
E como se o infortúnio nunca viesse sozinho, a relva comprada por 1.790.000 dólares americano não atende mais aos padrões exigidos pela CAF, depois de apenas um ano e meio.
Curiosamente, o inspector da CAF, Muhammad Sidat, disse, durante a sua visita a Kinshasa, que o melhor gramado de alto padrão custaria apenas 800.000 dólares americano. Mais uma realidade que mostra bastante indícios de sobrefacturação no dirigismo desportivo na RDC.