Moniz Silva acusa o homólogo que preside a Zona IV da FIBA-África, Paulo Madeira, de tentar inviabilizar a presença de Angola na prova de apuramento para o Afrobasket’2023 sénior feminino a decorrer de 20 a 28 de Fevereiro no Zimbabwe.
As declarações do presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) foram feitas, ontem, segunda-feira, 30, durante a conferência de imprensa. Moniz diz ser “inconcebível” porque o país vai albergar a quinta e última janela da zona africana de qualificação para o Mundial sénior masculino, de 24 a 26 de Fevereiro, e acredita ter sido um acto de má-fé por parte do compatriota.
«Não faz sentido enquadrar outra eliminatória feminina, de 20 a 28 de Fevereiro. Não sejamos ingénuos: há uma intenção clara. Se fosse marcada para Março, Abril ou Maio, todos nós teríamos tempo para nos preparar de forma tranquila. As coisas não foram feitas de forma inocente; foi com o propósito de inviabilizar a nossa participação», referiu Moniz Silva.
Por outro lado, o presidente da FAB defendeu que esse tipo de manobras “feitas por angolanos” devem ser denunciadas. Para sustentar a acusação, Moniz Silva recordou que, em Angola, os orçamentos levam tempo a ser aprovados, razão pela qual acredita que houve uma intenção deliberada.
«A FIBA concede um espaço que vai até Junho e os integrantes da zona é quem definem o período para a realização da eliminatória. Imaginemos que não tivéssemos prevenidos! O campeonato feminino encontra-se no defeso. O Interclube esteve em Dezembro na Taça dos Clubes Campeões. Esta prova de qualificação não foi agendada de forma inocente. Qualquer gestão anterior da FAB não iria por falta de recurso ou estaria a chorar nos jornais por falta de dinheiro», concluiu Moniz Silva.
Fonte: Jornal de Angola