Depois de quase duas semanas tensas entre a Federação Angolana de Futebol (FAF) e o clube Petro de Luanda, devido a questões burocráticas do avançado Laurindo Depú e o posterior abandono do retângulo de jogo após ao apito final da Supertaça entre as formações do Petro de Luanda e a do Desportivo da Huíla, eis que as duas partes sentaram-se, ontem, segunda-feira, 10, à mesma mesa para mediar o conflito que existia, que teve como orador o Presidente da Associação Nacional de Clubes Angolanos de Futebol (ANCAF) Alves Simões.
No final do encontro, Alves Simões disse à imprensa ter sido cordial, pacífica e servido para esclarecer alguns mal-entendidos entre as partes.
«Foi um encontro saudável, foi resolvido os mal-entendidos, viva o futebol, porque são encontros como este que o futebol precisa sempre que necessário com um diálogo franco e aberto», disse.
O órgão reitor do futebol angolano, FAF, suspendeu o Petro de Luanda da Supertaça de Angola, por uma época, e multou-o com 60 mil dólares, por alegada infracção grave.
No comunicado, a FAF explicara que em causa está o facto de os campeões angolanos se terem recusado a marcar presença na cerimónia de entrega do troféu e medalhas, após derrota por 3-1, diante do Desportivo da Huíla, jogo decorrido no Estádio da Caála, província do Huambo, a 23 de Setembro do corrente ano.
No final do jogo, o presidente do clube angolano justificou a ausência da sua equipa na referida cerimónia, também por protesto com algumas decisões da FAF.
O líder do Petro acusou ainda a FAF de não responder a solicitações para encontros entre as partes, e ameaçou não ceder jogadores à Selecção Nacional para a disputa do CHAN2023, na Argélia, caso a FAF não inscrevesse o avançado Laurindo Depú, em conflito com o Sagrada Esperança.
O mesmo jogador já foi liberado pela FAF, mas de forma provisória, com a obrigação de pagar 30 milhões de Kwanzas ao seu anterior Clube Sagrada Esperança.
Na sequência, Tomás Faria foi também suspenso, por um período de um mês, e deve pagar uma multa avaliada em 79.500 Kwanzas.