O empresário luso-angolano é suspeito de ter investido, na SAD do Sporting, dinheiro proveniente do BES Angola, instituição que presidiu entre 2001 e 2012, através da Holdimo, conduzindo a suspeitas de lavagem de dinheiro.
Álvaro Sobrinho está a ser acusado pelo Ministério Público português, no âmbito da investigação do caso BESA, de acordo com as conclusões do despacho de encerramento no caso de desvios de fundos, este sábado, divulgadas pelo jornal digital “Observador”, editado em Lisboa.
O angolano, segundo informa a imprensa portuguesa, é um dos maiores acionistas da Sporting SAD, com quase 30 por cento do capital através da Holdimo. Sobrinho, é acusado pelo Ministério Público, a respeito da investigação no caso BESA, de ter desviado 15 milhões de euros para a Sociedade Desportiva leonina.
O “Observador” garante ter tido acesso ao despacho de encerramento do inquérito ao caso, onde o Departamento Central de Investigação Criminal (DCIAP) acusa o ex-presidente executivo do BESA Angola de um total de 33 delitos, a par de Ricardo Salgado (ex-presidente executivo do BES), Amílcar Morais Pires (ex-administrador financeiro do BES), Hélder Bataglia (ex-administrador do BES Angola) e Rui Silveira (ex-administrador do BES), com alguns dos fundos utilizados no emblema leonino.
Recorde-se que, em novembro de 2020, a Polícia Judiciária chegou a realizar buscas nos escritórios da Sporting, SAD, as quais foram então confirmadas pela sociedade verde e branca que se disponibilizou para colaborar com as autoridades para o esclarecimento do processo.