A Academia de Futebol de Angola (AFA), um projecto para formação de jogadores de futebol, foi criada pelo então Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, em 2010. Com a morte do seu patrono surgem ‘reticências’ sobre a continuidade do projecto que tem realizado o sonho de vários rapazes da cidade de Luanda, no que o futebol de formação diz respeito.
A voz que se levanta pedindo ao Governo angolano para financiar a manutenção da Academia de Futebol de Angola (AFA), sendo um projecto de carácter de inclusão social, é do presidente do Atlético Sport Aviação (ASA), José Luís Prata, em declarações à ANGOP.
José Prata defende que não obstante ser a AFA um projecto privado, o seu cariz social obriga recursos por via do Orçamento Geral do Estado (OGE).
«A massificação desportiva, a formação do homem novo e do desportista é da responsabilidade do Executivo, mas como este não pode fazer tudo, repassa para outros órgãos que são exactamente os clubes», defendeu.
Para o presidente do ASA, as colectividades como a AFA devem apresentar provas de merecimento de uma compensação financeira vinda do OGE ou departamento social de empresas nacionais e outras que operam no país.
O antigo membro da Federação Angolana de Futebol, que falava no quadro de uma reportagem sobre o estado da infra-estrutura e perspectivas, afirmou esperar que a direcção da AFA consiga manter o imóvel funcional, dando continuidade ao legado deixado pelo antigo Chefe de Estado, falecido no último dia oito, em Barcelona, Espanha, vítima de doença.
Recorde-se que José Eduardo dos Santos fundou a AFA no período de 2008, projecto que inclui uma escolinha (atletas dos cinco a oito anos de idade), iniciados (de oito até 12 anos), infantis (de 12 a 14), juvenis (14 a 16) e juniores (de 16 a 18 anos).
Situada no Futungo de Belas, o local possui dois campos relvados (um de relva natural e outro de relva sintética), internato e salas de formação profissional.
Actualmente movimenta 550 futebolistas na escolinha e cerca de 130 na formação.