É NOTÍCIA: Sporting do Bié sem verbas para sobrevivência

O Sporting Clube do Bié, um dos mais emblemáticos daquela província, debate-se com falta de dinheiro para suportar as despesas correntes, situação que pode comprometer a...


O Sporting Clube do Bié, um dos mais emblemáticos daquela província, debate-se com falta de dinheiro para suportar as despesas correntes, situação que pode comprometer a sobrevivência da agremiação nos próximos tempos.

Num dia em que comemora 107 anos de existência (3 de Maio), o presidente do clube, Paulo Jorge Capama, em entrevista à ANGOP, diz temer pela extinção do clube, que conta com 550 atletas em formação, nas modalidades de futebol, basquetebol, andebol, atletismo, ginástica e voleibol.

Desde 2018 que a instituição luta para salvaguardar os postos de trabalho de 41 funcionários, assim como pagamento de salário e prémios de jogos.

Neste momento, o Sporting do Bié sobrevive apenas das receitas vindas do aluguer do seu património, designadamente o pavilhão, cine, lojas de conveniência, bombas de abastecimento de combustível e o estádio de futebol dos Eucaliptos, mas insuficientes para se manter na mais alta-roda do desporto nacional.

Sem revelar montantes, o presidente Paulo Jorge Capama disse que o valor arrecadado está longe de satisfazer as necessidades que enfrentam, pois, nesta altura, têm uma dívida com os funcionários de perto de 40 milhões de Kwanzas.

O clube, que já teve a equipa de futebol no Campeonato Nacional da primeira divisão (Girabola), em 1989, 2000 e 2005, tem um contrato de patrocínio ainda válido com a petrolífera Total, mas que há quatro anos não cabimenta os perto de 250 mil dólares/ano.

«O contrato era de um milhão de dólares, mas reduziu-se para 250. Ainda assim há quatro anos que estamos sem esse dinheiro», lamentou Paulo Jorge Capama, que assumiu o cargo em 2016.

Apesar das dificuldades financeiras, o presidente do clube, Paulo Jorge Capama, augura o regresso, a curto ou médio prazo, da equipa de futebol no Campeonato Nacional da primeira divisão, depois da sua última participação, em 2005.

Para o efeito, estimou ser preciso 300 milhões de Kwanzas, para a compra de novos jogadores, asseguramento de salários, prémios de jogo e outras despesas pontuais.

Disse estar permanentemente em contacto com a direcção da petrolífera Total, de quem tem recebido garantias de que, a qualquer momento, poderão receber alguns valores, situação que o deixa optimista.

A equipa de futebol tem participado nos zonais de apuramento, mas tem fracassado nas suas intenções de regressar ao Girabola, muito por falta de incentivo aos atletas, sobretudo de dinheiro.

O clube controla 635 sócios, mas apenas 55 pagam regularmente as suas quotas mensalmente, o que tem permitido angariar valores ínfimos que rondam os 45 mil e 500 Kwanzas.

Paulo Jorge Capama realçou que continua sendo uma das suas prioridades a reunificação dos seus membros e, consequentemente, trabalhar numa campanha de angariação de novos sócios, através da atribuição de cartões de forma gratuita.

O presidente do clube solicitou ajuda de toda sociedade biena e não só, para apoiarem esta agremiação, que já deu alegrias ao país, até mesmo a nível africano.

Lembrou que a atleta Samba Mahula foi campeã africana de ginástica, em 2018, prova decorrida no Egipto.

Conquistou o ouro na prova de tumbling e ainda duas medalhas de prata, no salto e em grupo.

A outra atleta Joaquina Mahula teve três medalhas de prata na ginástica rítmica.

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Marcos Olgário

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