O elevado valor financeiro é apontado como principal factor da ausência do vídeo-árbitro no Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, vulgo GIRABOLA.
A aplicação deste instrumento de auxílio ao árbitro, numa altura que em vários países da Europa, Ásia e América já é uma realidade, o presidente do Conselho Central de Árbitros de Futebol de Angola (CCAFA), Jorge Mário Fernandes, admitiu na altura ser difícil a sua aplicação imediata, justificando que a compra do equipamento para o acompanhamento de uma partida estima-se em três milhões de Euros (3.000.000,00), valor distante de ser subsidiado pela Federação Angolana da modalidade (FAF).
Além da questão financeira, como fez saber o dirigente, o processo exige, também, numa primeira fase, a formação de cerca de 32 profissionais entre árbitros e observadores para o manuseamento do equipamento em tempo recorde e trazerem a imagem real do lance duvidoso.
Pelas razões enumeradas, Jorge Mário Fernandes reiterou tratar-se de um projecto que tardará a ser implementado no país, mesmo com a perspectiva de mudança do modelo de disputa do Girabola para o da Liga de Futebol.
Entretanto, a redacção do Bola Em Campo tem informações que a Premier League do Egipto (EPL) e a Liga DSTV Sul Africana estão já numa fase final de se criar condições para que na próxima época, 2022-23, possam contar com VAR, sendo as primeiras Ligas africanas que já estão numa fase avançada do projecto.
Esta tecnologia foi introduzida no futebol mundial para apoiar as decisões do árbitro principal. Tem a função de ajudar a corrigir posições eventualmente erradas, bem como em situações graves que tenham passado despercebidas à equipa de arbitragem.
A Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) autorizou, pela primeira vez na história, o uso e recurso do vídeo-árbitro, também conhecido por VAR, em 2018, no Campeonato do Mundo, disputado na Rússia, e até à data tem se revelado eficaz.
